Trevas ao meio dia (Abril23)
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma paisagem cênico-musical sobre a poética de Augusto dos Anjos
Está em curta temporada no Auditório da Biblioteca Mário de Andrade,
até dia 24 de abril, às 2ªs feiras, 19h, pela Bendita Trupe. Ingressos gratuitos. Com Johana Albuquerque, Maria Bia e Pedro Birenbaum.
Trevas ao Meio-Dia é um experimento dialógico de voz e piano, que reúne a atriz e diretora Johana Albuquerque, o compositor e pianista Pedro Birenbaum e a atriz Maria Bia. Cenas performáticas de poesias selecionadas do paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914) ocorrem, em paralelo a músicas ao piano, especialmente compostas para interagirem com os textos.
É uma paisagem cênico-musical que investiga a poética de Augusto, extraída de seu único livro, Eu e outras poesias, que bastou para projetá-lo ao patamar dos grandes escritores do séc. XX.
Em certos momentos, projetadas numa tela, surgem letreiros, gravuras, fotos e cenas pré-gravadas que se mesclam com as performances presenciais, emergindo o universo imagético e telúrico do grande poeta: a obsessão pela morte e suas precisões científicas, a força cruel do tempo inexorável, a imensidão cósmica, a escuridão e as forças obscuras do homem e da natureza.
Apesar de um português longínquo, com termos, conceitos e métricas distantes de nós que estamos aqui em pleno século XXI, a obra de Augusto dos Anjos nunca esteve tão atual. Suas palavras ressurgem hoje com luz e potência, evocando dramaticidade, lirismo e, paradoxalmente, transmitindo beleza, horror e paixão.
Poeta paraibano simbolista, ou mesmo pré-modernista, segundo o crítico Ferreira Gullar, e mais conhecido como “o poeta da morte” – Augusto dos Anjos está em todos os currículos do Ensino Médio.
Trevas ao Meio-Dia é mais uma criação e produção da Bendita Trupe e foi especialmente concebida pela diretora Johana Albuquerque para a Biblioteca Mário de Andrade.
Sobre a Bendita Trupe
Premiado conjunto paulistano, com linhas de pesquisa e criação de espetáculos para públicos adulto e infantojuvenil, com linguagem crítica e poética voltada ao Brasil contemporâneo. Tem como princípio fundamental estimular a inteligência e o humor de todas as idades, perseguindo o ideal de um teatro "sério" e paradoxalmente, divertido.
Em 2023, a Bendita Trupe realiza Volpone, a Raposa e as Aves de Rapina, no Teatro Arthur Azevedo. Em 2022, ganha a Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, para realizar Desmascarados, uma Desconstrução de O Rei da Vela, em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte de 1922. Como resultado inicial da pesquisa para este espetáculo, o projeto gerou um experimento cênico pedagógico, Fortes e Vingativos como o Jaboti, um “painel lítero-musical imagético” sobre o Modernismo, que se apresentou na Cúpula do Theatro Municipal. Em 2020, na comemoração dos 20 anos da cia., realiza Protocolo Volpone. Primeiro espetáculo a subir a cena na pandemia, ainda antes da vacina, o grupo retorna ao presencial com todos os protocolos de segurança. Em 2017, produz Hospedeira & Paquiderme: Díptico de Estranhas e Esquizos Dramaturgias, dois monólogos que conversam sobre os colapsos mentais, que estreou no SESC Consolação. Em 2015, encena dois espetáculos de jovens dramaturgos do SESI – British Council, Solilóquios e Em Abrigo, que esteve em cartaz no Mezanino do SESI Paulista.
Sobre Johana Albuquerque
É diretora, atriz, produtora e pesquisadora teatral. É pós-doutora pela ECA/USP e dirige a Bendita Trupe. Tem 20 espetáculos encenados na cidade de São Paulo com a Bendita Trupe. Johana também é professora universitária. Além das montagens com a sua cia., em 2018 dirige a pesquisa cênica Quadro em Branco, numa parceria com o PPGEAC da UNIRIO, com as professoras atrizes Rosyane Trotta e Jacyan Castilho, uma revisitação ao Auto dos 99%, do Centro Popular da Cultura, CPC, tomando a história da universidade pública brasileira como metáfora da exclusão social no país. Em 2015, Johana dirige o Coletivo Quizumba, um coletivo negro com a pesquisa Santas de Casa Também Fazem Milagres, pela Lei de Fomento ao Teatro, que resultou no espetáculo Oju Orum, na Sala Adoniran Barbosa, no CCSP.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro, Atuação e Direção: Johana Albuquerque
Composição, Piano e Atuação: Pedro Birenbaum
Atuação e Canto: Maria Bia
Visualidades: Julio Dojcsar
Figurinos e Visagismo: Leopoldo Pacheco
Vídeo: Marcelo Villas Boas e Sabre Fiorentino
Iluminação: Luciana Silva
Produção: Bendita Trupe
Realização: Biblioteca Mário de Andrade
SERVIÇO
Trevas ao Meio-Dia: Uma paisagem cênico-musical sobre a poética de Augusto dos Anjos
Temporada: De 03 a 24 de abril, às segundas-feiras, às 19h
Local: Auditório Rubens Borba de Moraes da Biblioteca Mário de Andrade
Rua da Consolação, 94 – República – do lado do Metrô Anhangabaú
Ingressos: gratuitos, distribuídos a partir de 1h antes do espetáculo
Classificação: 10 anos
Duração: 45 minutos
Capacidade: 170 lugares (acessibilidade)
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário